Blog
Teresa Vai de Férias - O Meu Oceano AzulEm 2005, Chan Kim e Renée Mauborgne, escreveram o livro A estratégia do Oceano Azul, onde apresentaram a solução para as empresas crescerem em mercados que não estavam a ser explorados pela sua concorrência.
15 anos depois, em 2020 mesmo antes da pandemia, quando criei a minha empresa de tours em workshops, estando a morar em Lisboa, a solução mais simples seria apostar neste grande centro urbano, cheias turistas e potenciais clientes, onde tudo acontecia. |
Somos parceiros Aspiring Geoparque OesteQuem inventou esta pandemia não sabia no que se estava a meter, pelo menos no que diz respeito a um pequeno povo, que vive no Oeste de Portugal, e que mesmo fechado em casa não se deixa vencer.
Esta semana o Teresa Vai de Férias fechou parceria com o aspiring Geopark Oeste e no que depender de nós, iremos levar o nosso património muito mais longe, se possível, até aos quatro cantos do mundo. |
Fotografia Analógica - A arte de saber esperarCorre, corre, corre, corre… Corremos para todo o lado e de tanto correr, por vezes, esquecemos o que íamos fazer. Paramos, atrapalhados, a pensar que só pode ser o primeiro sinal de velhice, depois falamos com os amigos e respiramos fundo porque não estamos sozinhos, e nem percebemos que estamos errados e que de tanto correr nos estamos a esquecer de viver.
|
Um pouco de ginja para aquecer a almaDiz a lenda que a origem da ginjinha remonta ao Séc. XVII, altura em que um frade, com um espírito mais criativo, usou a ginga, produzida em grande quantidade e de excelente qualidade na região do Oeste, juntou-lhe açúcar e aguardente e produziu o famoso licor, de cor densa e escura e sabor intenso e doce, que carateriza tão bem a região do Oeste. Parece que a receita, pela sua simplicidade, rapidamente ficou conhecida e que as pessoas começaram a produzi-lo em casa, oferecendo sempre que tinham visitas. O licor era bebido ao serão, ajudando a aquecer as longas conversas das noites de inverno, misturadas com os cheiros quentes da madeira a crepitar dos troncos na lareira.
|
Hillside house - Envolvido na suavidade da Foz do ArelhoEstou mesmo no topo, atrás de mim o monte e o verde, arrumados, são uma promessa de que a vida do campo espreita a uma pequena distancia. Não muito longe descobrem-se campos cuidadosamente cultivados porque a agricultura continua a ser uma importante fonte de subsistência local. Na piscina, infinita porque a sua linha se cruza com a linha do horizonte, pode-se ouvir o silencio, intercalado aqui e ali pelo cantar de um pássaro. Entretanto o olhar, languido, estende-se pelo vasto areal da Lagoa de Óbidos que continua para a extensa Praia da Foz do Arelho, deslizando suavemente enquanto observo o verde que se mistura com o dourado da língua de areia e o azul da lagoa.
|
Os mil encantos em forma de cerâmicaNuma casinha encantadora, nas Caldas da Rainha, encontramos a Sara Cardina, ceramista caldense e um lugar onde os sonhos se materializam e ganham formas humanas. Aqui simplicidade e a invocação da natureza arrebata-nos e a cerâmica é usada para nos contar pequenas histórias, criando uma espécie de um jogo onde vamos colocando as pequenas peças, cheias de cor, criando sempre o mesmo, mas sempre diferente.
|
As mil formas no AtelierChegamos ao Nadadouro e a casa, igual a todas as outras, não mostra à primeira vista que esconde lá dentro pequenos tesouros sob a forma de arte, de cerâmica.
Os vidros gigantes, no andar de baixo, dão amplitude para o espaço cá fora onde dois cães brincam animadamente enquanto nas traseiras, um pequeno coelho se entretêm a comer pedacinhos de relva, correndo quando se assusta, para se esconder entre moldes e peças que esperam a sua vez para ganhar vida. |
Os mil tons de azulejosEra início da tarde quando cheguei a A-dos-Francos, ao Atelier Sá Nogueira.
O sol entrava generosamente, passeando-se no atelier por entre peças de cerâmica, pequenos quadrados que têm dentro de si centenas de anos de histórias para contar. A luz clara dava ao espaço um toque de primavera, num dia de outono, inspirando a criação. Ao fundo, o espaço onde os azulejos nascem, mais escuro e reservado, confere a mística necessária para quem se orgulha de acreditar no poder que existe dentro de pequenos quadrados de azulejo, pintados com cores que nos representam tão bem. |
A última noite do S.S. Romania na Foz do ArelhoAcabei de colocar mais um tronco de madeira na lareira que crepita animadamente. Regresso ao sofá e fixo o olhar no copo de aguardente velha enquanto sinto o frio que vem do chão de mosaico, e que me arrefece ligeiramente os pés e aprecio o calor que vem da lareira, e que me aquece generosamente a face.
Afasto o olhar e começo a pensar que faz hoje muitos anos que, numa noite fria, escura e chuvosa, os gritos das mulheres e crianças ecoaram pela praia e ficaram para sempre perdidos na noite que embala as ondas bravas do mar da Foz. |
Arte nas Caldas da Rainha, a Emoção que Embala o CoraçãoAo fundo a TV desfila baixinho um programa sobre a Amália Rodrigues, fantástico com a tecnologia a mantém tão viva e real, de tal forma que quase que acreditamos que ainda nos podemos cruzar com ela ao dobrar uma qualquer esquina em Lisboa. A noite vai longa e eu, sentada na sala, sinto-me envolver pelo silencio tranquilo da casa e pela quietude de uma noite de inicio de outono, onde promessa da renovação se faz sentir na temperatura que já está mais baixa e na humidade que regressa de mansinho para ocupar o lugar que lhe tinha sido roubado pelo calor, Intromissivo e pouco delicado, quase grosseiro, que nos preencheu a vida dos últimos meses.
|
Chegam agora os dias mais pequenos, o sol mais tímido, reserva-se ao direito de brilhar quando lhe apetece, parecendo ter partido à procura de outros lugares. Por estes dias a Foz do Arelho regressa à calmaria de outros tempos, o silencio regressa interrompido aqui e ali por um carro que passa ou pelas pessoas que se cruzam e trocam dois dedos de conversa.
|
Revista Up Magazine, qualidade e sonhos num só projetoEvito ao máximo separar águas, quem me conhece sabe que trabalho na TAP há 28 anos, 26 na área comercial e 2 no marketing. Tenho sempre muito cuidado porque como dizia um antigo administrador da TAP, “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”. Vivo assim em dois mundos e apesar de por vezes ser impossível, o meu objetivo é que a Teresa Leal da TAP não se mescle com a Teresa Vai de Férias. Cada vida que eu vivo é um universo único, talvez porque passa tão depressa quero ter a sensação de que consigo viver a vida de vários numa só encarnação.
|
Tibino - Um prazer para os 5 sentidosGosto de escrever sobre as minhas experiencias gastronómicas e embora não tenha formação na matéria partilho a minha opinião enquanto cliente. Gosto de novas experiencias, aliás, uso muito do que saboreio quando viajo para misturar com a nossa tradição e dar assim origem a novos sabores. Embora adore a nossa gastronomia e tradições, acho que fruto das minhas vivencias, aprecio particularmente quando se misturam culturas à mesa.
|
Peniche - A Oeste tudo de novoAqui o mar enrola as almas das gentes de Peniche, um lugar que é mais do que o ponto mais ocidental da Europa e onde o seu clima característico, agreste, típico de uma ilha, nos leva para uma época em que este pedaço de terra se encontrava solto no mar. Com o passar do tempo passou a península estando atualmente completamente unificada com o continente. A vida em Peniche faz-se da agricultura tão típica da região mas no seu sangue corre sem duvida a salgada água do mar. Desde tempos idos é conhecida como uma terra de negócio, altura em que as salinas davam o sal essencial para a salga do peixe. Vivendo muito virada para o mar, as suas extensas praias prolongam-se para além do Baleal, numa extensão de cerca de 9 quilómetros até chegar à Foz do Arelho.
|
5 pretextos para colocar Óbidos nas suas prioridadesSe geograficamente Portugal está muito bem localizado no mapa-mundo, tendo vindo a tornar-se um ponto de paragem obrigatório para quem viaja entre continentes, Óbidos ocupa um lugar estratégico em Portugal, estando localizado a menos de uma hora de carro de Lisboa mas muito perto do Porto ou de Faro. As autoestradas dão uma boa ajuda e este pequeno ponto em Portugal é largamente conhecido lá fora, sendo um ponto obrigatório de visita para muitos turistas que percorrem o país de carro.
|
Paragem obrigatória - Foz do ArelhoPara quem não me conheça tão bem, vivi toda a vida entre Lisboa e as Caldas da Rainha. A minha família fez parte dos emigrantes dentro do país, que nos anos 60 vieram para a capital à procura de um futuro melhor. Eu nasci em Lisboa, mas vivi sempre entre as duas cidades, tão próximas e que se completam tão bem e não vejo a minha vida de outra forma. No início deste ano desenhei um projeto de animação turística que pretende, através do turismo, promover empresas, marcas e produtos locais. O arranque ficou condicionado pelo Covid19, que nos fechou a todos em casa, impossibilitando o arranque para a data prevista.
|
O jardim do Eden existe e fica no OestePara os que são pouco crentes deixamos a dica: existem locais mágicos e alguns ficam mais perto do que aquilo que imagina. O Buddha Eden Garden, situado na Quinta dos Loridos na freguesia do Carvalhal, Bombarral é um desses locais. Tudo começou em 2001 quando o Comendador José Berardo deu início à construção de um jardim oriental, integrado num espaço de 35 hectares. Este jardim mágico surgiu como resposta ao governo Talibã, que destruiu monumentos únicos do Património da Humanidade, como dos Budas Gigantes de Bamyan, localizados no centro do Afeganistão e considerados verdadeiras obras-primas do período tardio da Arte de Gandhara.
|
Feiras e mercados tradicionaisA sugestão para a próxima semana é para aproveitar o bom tempo e visitar uma feira ou mercado ao ar livre.
Leve calçado confortável e prepare-se para um pouco de pó, que faz parte do cenário de uma verdadeira feira tradicional. Consigo leve algum dinheiro porque neste passeio pode encontrar produtos frescos, muitos deles comercializados diretamente pelo produtor a preços muito convidativos. Além disso é a magia de ver à venda um pouco de tudo, criando uma confusão de cheiros e sons únicos que nos levam a pensar que vale a pena parar, disfrutar e observar. As feiras são uma tradição viva, uma herança ancestral e às vezes parece-me que pouca coisa mudou desde então. |
A sorte de ter uma terra, descubra a minhaQuando era miúda e morava em Lisboa, quando diziamos que vínhamos à terra, queria dizer que vínhamos às Caldas. Essa era uma expressão comum e só muitos anos mais tarde é que percebi que quem tem uma terra tem mesmo muita sorte. Embora tenha nascido em Lisboa tenho uma terra e é sempre bom voltar e descobrir novidades. Quem pensa que a vida nas aldeias parou engana-se, de facto por lá ficaram os velhotes mas sente-se agora uma nova vida fruto da valorização das mesmas, do regresso de alguns que estiveram fora e da compra de casas para turismo rural e para residência de estrangeiros. Estas novas dinâmicas vieram trazer um novo alento e as gentes velhas, curiosas, sorriem por sentir que a vida das pequenas aldeias pode afinal não estar condenada.
|
Caldas da Rainha - porque existem terras que nos provocam borboletas no estomagoDepois da leitura da edição do mês de Agosto da revista UP, a revista de bordo da TAP, onde as Caldas da Rainha e a Foz do Arelho servem de pano de fundo a uma entrevista com o musico Frankie Chavez e de três semanas de ferias recém terminadas mas ainda a borbulhar na imaginação, esta é a altura ideal para apresentar esta terra, a cerca de uma hora de carro de Lisboa e onde se continua a viver de uma forma única.
|
Existem livros que nos vêm parar às mãos por acaso, ou não... e como chegamos à Foz do ArelhoTodos devemos viajar mas é obrigatório conhecer primeiro o nosso país. Foi essa razão que comecei a ler um livro que me deram recentemente e que estava no monte dos livros para ler. Só o escolhi porque o seu título me prendeu e chamou a atenção. Ao ler “Portugal vale a pena” deixei para trás romances históricos, livros sobre bem-estar e outras surpresas que residem temporariamente na minha mesa-de-cabeceira à espera de slot. Comecei a ler a medo, não me apetecia livros com tendências politicas no seu subconsciente ou o exacerbar da nação num desproposito que sendo exagerado cansa…e muito.
|